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Partido entra com pedido de impeachment contra presidente do Peru

A bancada parlamentar do Peru Libre apresentou um pedido de impeachment contra a presidente Dina Boluarte por “incapacidade moral permanente” devido à posse de relógios de luxo.

O partido levou ao governo o ex-presidente Pedro Castillo, que está preso, e era a sigla pela qual Boluarte estava filiada anteriormente.

A moção foi enviada neste sábado (30) pela porta-voz parlamentar do Peru Libre, Margot Palacios, ao chefe do Congresso. Até o momento, conta com a assinatura de 20 parlamentares e está prevista a votação para sua admissão para debate no plenário do Congresso.

A deputada Flor Pablo, do Partido Roxo, destacou, por sua vez, que Boluarte desencadeou “uma nova crise política por se recusar a colaborar com a Justiça”.

“Há dias o país espera uma explicação sobre a origem dos relógios luxuosos. A sua falta de transparência e de respeito pelas instituições arranha a dignidade e autoridade presidencial. Els deveria ter renunciado e convocado eleições gerais há muito tempo”, destacou.

O pedido da bancada parlamentar surge no mesmo dia em que a residência particular de Boluarte e o seu escritório no Palácio do Governo foram alvo de uma operação da polícia e do Ministério Público, no desenrolar das investigações do chamado “caso Rolex”.

O Ministério Público informou no dia 18 de março que abriu investigação contra Boluarte por suposto enriquecimento ilícito e omissão na declaração de bens, “devido ao uso de relógios da marca Rolex”.

Essa investigação foi aberta dias depois que o meio de comunicação local La Encerrona publicou uma contagem de fotos que supostamente mostram o presidente usando relógios luxuosos. Sobre a investigação, Boluarte disse publicamente que o que tinha era fruto do seu trabalho e que tinha entrado na Presidência “de mãos limpas” e sairia da mesma forma.

Um novo comunicado da própria Boluarte é esperado nas próximas horas. Entretanto, os ministros de Estado vieram em sua defesa, como a Ministra da Cultura, Leslie Urteaga, que no seu relato X referiu que “como Ministra de Estado e cidadã, a recente intervenção do Ministério Público é preocupante, desnecessária e excessivo, dado o reagendamento solicitado pela própria presidente.”

Fonte: CNN Brasil

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