Esporte

Jogador indígena chama atenção na web e é contratado por primeiro clube vegano da América

Conhecido por ser o primeiro clube vegano da América do Sul, o Laguna SAF tem em seu elenco um jogador de origem indígena. Samuel Felipe, de 15 anos, chamou atenção do clube do Rio Grande do Norte em um vídeo postado no YouTube. Determinado em construir uma carreira no futebol, o jovem atleta quer aproveitar a oportunidade para dar voz e apoiar questões que afetam as comunidades indígenas.

Natural de Boa Vista, em Roraima, Samuel Felipe é de origem Makuxi. No Brasil, os índios dessa etnia habitam uma região de fronteira (Guiana e Venezuela) que há séculos tem enfrentado situações adversas em razão da ocupação não índigena.

Vou usar minha posição no Laguna para destacar e apoiar questões que afetam as comunidades indígenas, buscando conscientizar as pessoas e promover compreensão e apoio – falou.

Sinto-me orgulhoso de representar minha comunidade e espero inspirar outros jovens talentos – completou.

O treinador do Laguna, Gustavo Nabinger, relata que soube de Samuel após se impressionar com suas habilidades técnicas demonstradas em um vídeo postado no YouTube.

Assim que vi o vídeo dele, cerca de três horas depois de ser postado, fiquei impressionado com sua parte técnica e entrei em contato com ele na mesma hora – revela Gustavo.

No Laguna, Samuel tem atuado como lateral-esquerdo e volante/meia e já recebe elogios do treinador.

Tem um excelente fundamento de domínio, passe e cruzamento, boa capacidade física e é muito disciplinado taticamente. Ele também demonstra respeito aos mais velhos, hierarquia, disciplina e espírito coletivo. Certamente é um líder pelo exemplo – acrescenta.

Para o treinador, que também é sócio fundador do clube, a presença de um atleta índígena jovem simboliza não apenas um marco esportivo, mas também um compromisso com a inclusão.

Somos um clube que acredita e defende a liberdade e a diversidade cultural e étnica. E somos muito sensíveis a causas como a indígena, que são povos extremamente vulneráveis no nosso país, em todos os âmbitos – pontua Gustavo.

Fonte: Portal GE RN

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