Saúde

Calor extremo aumentou em 85% as mortes de idosos desde 1990

A exposição ao calor excessivo pode prejudicar a saúde das pessoas e causar até morte. Segundo relatório publicado na revista científica The Lancet, nesta terça-feira (14), as mortes relacionadas ao calor de idosos de 65 anos aumentaram 85% em 2020 em comparação com as registradas no período de 1990 e 2000.

O estudo foi feito por uma colaboração internacional de mais de 114 cientistas e pesquisadores de 52 instituições do mundo e de agências da Organização das Nações Unidas (ONU) ao redor do mundo.

Segundo o estudo, o aumento é substancialmente maior do que o crescimento projetado de 38%.

Ao analisar os modelos que incorporam alterações demográficas e de temperatura, os pesquisadores conseguiram mapear as mortes de idosos causadas ou relacionadas a aumento de temperatura. Para chegar ao dado, os cientistas então simulam como seriam essas mortes se as temperaturas mantivessem os mesmos níveis. Seria, então, um crescimento de 38% em comparação com o período de 1990 a 2020.

O que gerou o aumento? De acordo com os pesquisadores, a causa é o aquecimento global, que, no caso, é gerada pelas mudanças climáticas que são potencializadas por atividades humanas.

Ainda segundo o estudo, a população nesta faixa etária e os bebês, são vulneráveis a riscos para a saúde, quando expostos ao calor.

A publicação alerta que as ondas de calor serão mais frequentes nos próximos anos e farão com que quase 525 milhões de pessoas sofram de insegurança alimentar entre 2041 e 2060, agravando o risco global de desnutrição. “O mundo está avançando na direção errada”, afirmam os autores na publicação.

Com as mudanças climáticas, a população fica exposta a contrair doenças infecciosas e fatais, como a dengue, a malária e outras viroses.

O estudo também levanta que a área afetada por seca extrema aumentou de 18% em 1951 para 47% em entre 2013 e 2022.

Fonte: CNN Brasil

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