Saúde

Agosto Verde: mês de alerta para a conscientização e prevenção da leishmaniose

Foto: Reprodução

Conhecida também como calazar, a leishmaniose é uma doença que pode prejudicar o bem-estar e a saúde do pet, assim como do tutor. Em casos mais graves ou que não são tratados, a doença pode causar a morte de um paciente infectado. A contaminação é iniciada quando as fêmeas do mosquito picam cães ou outros animais infectados, e em seguida picam o ser humano ou animal sadio, transmitindo assim o protozoário Leishmania infantum, causador da doença. Não existe a transmissão direta dos animais para as pessoas.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal, em 2023, foram registrados 1.120 casos de Leishmaniose canina na cidade. Em 2024, este número já chegou a 485. Em relação aos casos humanos, foram 11 em 2023 e 9 em 2024 até o início de agosto.

A médica-veterinária especialista em dermatologia, membro do BRASILEISH, Romeika Reis, alerta que a leishmaniose pode ser assintomática, mas alterações dermatológicas são as manifestações clínicas mais comuns em pacientes. “A doença pode se manifestar em animais com sintomas como emagrecimento severo, crescimento anormal das unhas, queda de pelo, úlceras de pele, aumento do fígado e baço. Já em humanos, pode ocorrer um período de incubação longo, com sintomas surgindo anos após o contato com o protozoário”, explica a especialista.

Romeika Reis, que também é secretária geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do Norte (CRMV-RN), ressalta ainda que a prevenção deve ser multidisciplinar, com controle de matéria orgânica do ambiente, lugar escolhido para os flebotomos colocar os ovos, além de medidas centradas nos cães como uso de coleira e pipetas inseticidas e repelentes. “Vale lembrar da importância da realização de testes rápidos nos animais que moram em região endêmica, uma vez ao ano, mesmo q sejam animais assintomáticos”, destaca a médica-veterinária.

Caso o animal apresente sintomas que possam indicar a doença, um médico-veterinário deve ser consultado. O atendimento pode ainda ser realizado na Unidade de Vigilância de Zoonoses/Zona Norte, às terças e quintas-feiras, das 8h às 12h, para diagnóstico.

Fonte SMS

×