Engorda de Ponta Negra: Idema cobra respostas para 17 condicionantes
Foto: Adriano Abreu
O diretor geral do Idema, Werner Farkatt, afirmou que o órgão ambiental encaminhou no início da tarde desta segunda-feira (8), as 17 condicionantes que ainda precisam ser respondidas pela Prefeitura do Natal para que seja possível emitir a Licença de Instalação e Operação (LIO) para a obra de engorda de Ponta Negra. De acordo com ele, entre as perguntas prioritárias estão as informações referentes a retirada de areia para os serviços e possíveis impactos para as praias adjacentes. Ele criticou, ainda, a maneira como a mobilização coordenada pela gestão municipal foi realizada nesta manhã para pressionar o órgão. O pronunciamento foi realizado durante coletiva na sede da Governadoria, no Centro Administrativo. Uma nova reunião com o representantes da Prefeitura, UFRN e Idema está marcada para às 15h desta segunda.
“Nós não temos nenhuma informação, ou seja, essa drenagem está compatível com o aterro hidráulico? Ou seja, com a chegada das chuvas, esse produto vai interferir no aterro? Se formos levar para a questão ambiental, nos temos informações que foram pautadas lá no passado e ainda não chegaram. Qual o reflexo, por exemplo, da engorda ou da retirada de areia para as praias que serão adjacentes”, afirmou o diretor-geral do Idema.
Aliado a isso, ele reiterou que os servidores do Idema estão mobilizados especificamente para interpretar as informações apresentadas pela Prefeitura do Natal no último dia 12 de junho. Segundo ele, caso as últimas respostas necessárias sejam apresentadas de forma clara e objetiva, o órgão ambiental vai conseguir emitir a LIO. O prazo máximo, após o retorno, é de 30 dias apenas para análise.
Os questionamentos encaminhados a Prefeitura do Natal, segundo ele, ainda se referem às perguntas para emissão da Licença Prévia (LP) em 2023. De acordo com ele, embora o secretário Thiago Mesquita afirme que não há mais esclarecimentos a serem repassados, a análise do corpo técnico do Idema identificou as lacunas.
Raimundo Alves, secretário chefe do Gabinete Civil do Estado, também esteve na coletiva e criticou a manifestação realizada pela Prefeitura. Na visão dele, o movimento foi transformado por Álvaro Dias como “ato político partidário” e um boletim de ocorrência será feito para relatae agressões contra servidores e bolsistas que foram relatadas na ocasião.
Pela manhã, uma mobilização com a participação da sociedade civil, Município de Natal e representantes do trade turístico cobrou o Idema sobre a liberação da Licença de Instalação e Operação (LIO) para início dos serviços de engorda. O movimento se concentrou no Parque das Dunas e seguiu até a sede do órgão, onde uma reunião entre representantes do Governo e Prefeitura da capital foi realizada para discutir a pauta.
Fonte Tribuna do Norte